sexta-feira, 16 de novembro de 2012

NOVO REI, NOVAS LEIS, MAS A MESMA VERDADE...


Gosto de me lembrar das máximas que meu pai nos dizia na intimidade familiar. Ele era um homem simples, a começar pelo nome, José. Era feliz, inteligente e sábio. Vez em quando, me pego repetindo suas frases simples, mas cheias de uma verdade estonteante. Uma dessas frases era: “Meu filho, para bom empregado não existe patrão ruim”.

Quando analisamos a verdade que emerge da frase acima, somos levados a concordar com ela – excetuando os patrões de fato ruins – uma vez que em certa medida a benevolência ou malevolência humanas têm um elemento de reciprocidade inerente. Analisemos: Um empregado que chega sempre atrasado, mas é pontual na hora de ir embora; que reclama do trabalho; que faz corpo mole; que parece sempre insatisfeito com o salário e com as funções a ele atribuídas; que sempre reclama o bônus, mas não quer arcar com o ônus do ofício... Pode esperar uma contrapartida do empregador que não seja diretamente proporcional ao seu comportamento?

Constantemente ouço as pessoas reclamando do governo. O governo é corrupto; o governo cobra demasiados e exorbitantes impostos enquanto não faz investimentos públicos necessários ao bem-estar geral: saúde, transportes, estradas, segurança pública, educação e por aí vai... Muitos desses queixosos são especialistas em burlar a lei, sonegar impostos, poluir o ambiente e um sem-fim de outras coisas e atos que revelam egoísmo e absoluta falta de comprometimento com o próximo ou com o senso de coletividade. Outra vez podemos ver o antagonismo recorrente entre o que se deseja de outrem e o que se pratica na individualidade.

E não é assim em outras facetas da vida humana? Nos relacionamentos afetivos e até mesmo no aspecto espiritual? No que tange ao último, até uma não-oração foi forjada em imitação inversa ao proposto na oração do Pai Nosso: “venha a nós o teu reino, tudo; seja feita a tua vontade, nada!”

Voltemos ao bucólico ditado de meu pai. De certa forma, as pessoas que estão na ativa, na qualidade de funcionários, quer públicos ou privados, são sempre liderados ou chefiados por outras pessoas. Quando alguém é transferido de setor, área, localidade ou função ou mesmo quando há mudanças na hierarquia de sua área de atuação existe grande probabilidade dessa pessoa se deparar com um novo líder ou chefe, gerente ou outra função equivalente. Quase sempre tal probabilidade causa apreensão e ansiedade porque geralmente tememos o desconhecido. Em se tratando de segurança, quase sempre as pessoas preferem o feio conhecido ao belo prometido.

Em qualquer das situações mencionadas, o ditado de meu saudoso pai continua verdadeiro e reflete uma lógica tão simples: não há o que temer quando fazemos a nossa parte com responsabilidade e equilíbrio, quando nos preocupamos mais em ser um colaborador adequado do que em ter um líder apropriado. Ouso, então, afirmar que para mim, a preocupação não está em quem vai me liderar no futuro próximo ou distante, de onde essa pessoa virá, sua aparência, seu nome ou se será boa ou ruim. Eu farei a minha parte, e, se meu velho pai tiver razão como muitas vezes demonstrou ter, posso afirmar sem medo de errar que a mim não importará se o rei for Rui ou se o Rei for Ruim...

“Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.” Romanos 12:18

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A ORAÇÃO DA OVELHA - Autor Desconhecido


TU, SENHOR, QUE TE APRESENTASTE COMO O BOM PASTOR PARA EXPLICAR TEU AMOR AOS HOMENS, AJUDA-ME A SER UMA BOA OVELHA.

QUE EU NÃO DESEJE ESCAPAR DO REDIL E QUE NUNCA ME ATRAIAM AS ALTURAS DAS CABRAS MONTESAS PARA ZOMBAR DO PASTOR E MORDISCAR O HORTO PROIBIDO.

OFEREÇO-TE MINHA MEDIOCRIDADE DIÁRIA DE OVELHA, PORQUE TU ME ACEITAS E ME QUERES ASSIM MESMO.

DÁ-NOS UM PASTOR QUE SE ASSEMELHE A TI, QUE NOS CONDUZA A BONS PASTOS E QUE NÃO SEJA MERCENÁRIO.

ESCOLHE PARA ELE AUXILIARES QUE NOS GUIEM E REÚNAM, MAS QUE NÃO SE COMPRAZAM EM ASSUSTAR-NOS OU CASTIGAR-NOS.

DA-LHE JUVENTUDE PARA PERMANECER CONOSCO NOS MONTES, E CURAR NOSSAS FERIDAS.

QUE NÃO TENHA VERGONHA DE CHAMAR-SE PASTOR DE OVELHAS – TU NÃO A TERIAS – E ISSO NOS ALEGRA.

ASSIM ESTAREI SEGURA DE QUE, SE ALGUM DIA FICAR PERDIDA NO MONTE, ELE VIRÁ BUSCAR-ME E ME LEVARÁ SOBRE SEUS OMBROS, FELIZ, DE VOLTA AO REDIL.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

UM ELOGIO DE UM AMIGO DISSIPA MIL CRÍTICAS

Posto aqui, com alegria, as palavras carinhosas de meu colega de ministério, o Pr. Michael Ruiz. Não o faço por descomedido orgulho e sim pela constatação de que 99% das mensagens que temos recebido contêm palavras de ânimo, expectativa e oração para que o nome de Deus seja cada vez mais louvado. Este texto representa as dezenas de mensagens que me tem chegado dando conta de que algo mudou para muitas pessoas a partir do último domingo. Como pastor, espero que tais decisões sejam duradouras, não só na vida de centenas de jovens, adventistas ou não, que tanto necessitam de algo que os motive positivamente.



Caríssimos pastores e amigos da saudosa AMC - Associação Mineira Central da Igreja Advneitsta do Sétimo Dia.

É com muito prazer que dirijo este correio a este seleto grupo de companheiros de ministério. Por ocasião da minha particular e sincera admiração a um colega que, com certeza deve ter experimentado em carne própria, por esses días, um satisfatório "orgulho santo".

Ontem, segunda-feira, tivemos um culto todo especial com toda a galera de alunos do IABC, quase 300 alunos. Contemplamos com muita emoção, por 15 minutos, os trechos principais do reality "A Casa da Ana Hickmann" e a apresentação das candidadas do reality ao irem ao palco do "Tudo É Possível"... Houve uma resposta muito, mais muito sentida mesmo por parte do auditório. Tive o encargo de encerrar o culto e revelar que tive o privilégio de conhecer a Wasthi e a sua afável família. 

Várias alunas, filhas de pastores, entre prantos me pediram para orar por um motivo muito especial; para que Deus lhes desse da mesma força que levou a Wasthi a testemunhar perante as câmeras, e a mesma coragem que ela teve de se orgulhar de Ser quem ela é, mesmo num mundo controverso e sem princípios.

Me chamou muito a atenção este pedido das meninas e rapazes, filhos de obreiros que vivem suas lutas e muitos deles desistem perante as pressões, e muito mais, diante das oportunidades de testemunhar ... Pois realmente o fato da querida Wasthi ter honrado o Quarto mandamento da santa lei divina foi por ter honrado primeiro o Quinto mandamento, pelo que ela receberá a benção da promessa decorrente.

Eu não tenho palavras para expresar a minha profunda admiração pela família do meu colega pastor Carlos Melo. Gostaria sim de pedir a receita!!! Para que um dia meus pequeninos deixem também orgulhoso o papai!!!

Parabéns a todos meus colegas e amigos, que no ministério pastoral investem tempo e esforço em nossos amados filhos e formosas esposas.

Wasthi, ...Sem comentários, você nem faz ideia da mensagem que plasmou na vida dos adolescentes que eu ví se emocionarem aqui no auditório. Especialmente quando lhes contei que você é filha de pastor. 

Eles com certeza foram marcados  por sua força, coragem e sobretudo a sua sinceridade; pois é verdade que nossos sonhos terrenos são de várias formas "truncados" pela nossa decisão de guardar o Santo Sábado. No momento da emoção a gente se questiona mesmo, nas câmeras ou fora das câmeras -rsrsrs-, mas é aquela força que não vem de nós, a sensação de dever cumprido, "porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação..." 2Cor.4:17. a que nos leva a perseverar e honrar nosso bondoso Pai e aos nossos pais ...Parabéns e Deus te encha de Sua infinita graça. Rebeca (filha de pastor) manda um abração de gratidão!

Deus vos abençõe a todos,

com estima Cristã

Pr. Michael Isaac Ruiz Figueroa
Preceptor IABC - Instituto Adventista  Brasil Central

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Reproduzo aqui a entrevista do jornalista e escritor Michelson Borges para a Rede Brasil Diário:


Entrevista para a Rede Brasil: Convicções religiosas

Em entrevista concedida à Rede Brasil Diário, o escritor e jornalista Michelson Borges dimensionou a atitude da jovem Wasthi Lauers de Castro, que desistiu de participar de um programa de reality show por causa da fé. De acordo com o escritor, em tempos como os de hoje, é raro ver pessoas lutando por aquilo que acreditam. (Veja a história de Wasthi aqui.)

1. Como você “enxergou” a atitude de Wasthi?

De uma tremenda coragem e senso de oportunidade. Declarar para milhões de telespectadores que abriu mão de uma grande oportunidade para se manter fiel à Palavra de Deus deve ter exigido da moça muita convicção e firmeza de caráter. Alguém poderia argumentar que ela foi um tanto imprudente ao aceitar participar de um programa que muito provavelmente colocaria à prova suas convicções de guardadora do sábado. Pode ser. Mas o que importa mesmo é que, no momento em que se viu sob pressão, Wasthi foi fiel e pôde testemunhar de sua crença, o que deixou admirada até mesmo a apresentadora do programa. Certamente, muitas pessoas devem ter pensado no exemplo dessa jovem que decidiu não violar sua consciência e sua fidelidade para com Deus – diga-se de passagem, algo muito raro nestes tempos de relativismo e corrupção moral.

2. Em sua opinião, o que leva uma pessoa a desistir de uma oportunidade como Wasthi teve? O que acontece na cabeça de uma pessoa com convicções tão fortes?

Uma íntima relação com o Criador, sólidos princípios morais e muita convicção de que a Bíblia, de fato, é a Palavra de Deus. É relativamente fácil obedecer a mandamentos que dizem: “Não matarás”, “Não furtarás”, etc., pois, se os transgredirmos, poderemos acabar na prisão. Há aí uma relação de causa e efeito negativa que inibe muita gente. Mas o que acontece com quem transgride o mandamento bíblico do sábado? Absolutamente nada, do ponto de vista humano. Quem guarda o sábado o faz pura e simplesmente porque reconhece que esse é um mandamento divino como os demais nove. Obedece porque está escrito e porque ama quem escreveu, e não porque poderá sofrer consequências, caso desobedeça.

3. Vale a pena desistir de sonhos e oportunidades (como Wasthi fez) por causa de uma religião?

Vale a pena desistir de sonhos quando temos um sonho maior do que todos os outros. Wasthi, os cristãos bíblicos em geral e os adventistas em particular têm um grande sonho: estar prontos para se encontrar com Jesus, quando Ele voltar. Todo e qualquer sonho ou plano para esta vida fica apequenado diante dessa grande esperança. Tudo o mais fica relegado a planos inferiores em perspectiva desse grande evento. Além disso, quando se tem a consciência afinada e sensível, uma das piores coisas é viver com o pensamento de se ter transgredido princípios que servem para nos proteger e que caracterizam nossa fidelidade ao Criador. Wasthi não desistiu de uma oportunidade simplesmente por causa de uma religião. Ela abriu mão daquilo por causa de seu amor a Deus. Muitos cristãos, ontem e hoje, têm tomado decisões semelhantes todos os dias.

4. O que os adventistas ganham com a guarda do sábado? Quais os benefícios disso?

Em Gênesis capítulo 2, vemos que Deus distingue o sétimo dia dos demais dias da semana: Ele descansa nesse dia (dando-nos o exemplo), abençoa-o e o santifica (separa-o). Deus fez isso e ninguém pode revogar esse feito. Portanto, os guardadores do sábado creem que o sétimo dia contém uma bênção que os demais dias não têm. Além de ser o memorial da Criação, conforme nos lembra o mandamento de Êxodo 20:8-11, o sábado é um dia especial de adoração a Deus e de tempo para convivência com a natureza e com a família. Se corretamente guardado (leia Isaías 58:13, 14), o sábado passa ser a solução para relacionamentos deteriorados (com Deus e com o semelhante) e um poderoso “antídoto” para o estresse. Assim, a devida observância do sábado, longe de ser um fardo, como pensam alguns, é uma bênção que confere saúde física, mental e espiritual. No que concerne à comunhão com Deus, há quem diga que, durante a semana, o cristão anda de mãos dadas com Jesus; no sábado, senta-se aos pés dEle para ouvi-Lo despreocupadamente (Salmo 46:10).

5. Em sua opinião, qual deveria ser a atitude de empregadores ao se depararem com homens e mulheres que têm em sua fé o sábado?

Se eu fosse proprietário de uma empresa, por exemplo, e me deparasse com um candidato adventista, levaria em conta a fidelidade dessa pessoa. Se alguém é tão fiel e íntegro a ponto de, por seu Deus, abrir mão de um emprego, de uma promoção, de um concurso, certamente essa pessoa é do tipo confiável, que se dedicará de maneira fiel também à empresa e aos empregadores. O respeito às crenças alheias e à liberdade religiosa igualmente revela nobreza de caráter. Assim, penso que as empresas, as escolas e os legisladores deveriam levar isso em conta e impedir que sejam prejudicados os observadores do sábado, em sua manifestação de fé pacífica e ordeira.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A CRÍTICA MERAMENTE PELA CRÍTICA, SE BASTA...

Meditando hoje sobre aquela espécie de crítica que não edifica, compus a seguinte relfexão:

A CRÍTICA MERAMENTE PELA CRÍTICA, SE BASTA...

Porque não é necessário ser inteligente, basta ser ardiloso.
Porque não é necessário conhecimento, bastam as suposições.
Porque não é necessário ter admiração, basta ter inveja.
Porque não é necessário ser feliz, basta fazer infelizes.
Porque não é necessário ter grandeza, mas apenas ser medíocre.
Porque não é necessário ter caráter, basta sentir ódio do mundo.
Porque não é necessário satisfação, basta ser vazio. 
Porque não demanda atitude, mas mero julgamento.
Porque não precisa ter experiência de vida, apenas pretensão.
 Porque não é necessário ser instrumento de Deus, basta ser arma do inimigo.
Porque não precisa de amor, apenas desprezo por todos (incluindo a si mesmo).

Nota do autor: Não se trata do significado semântico e científico da palavra crítica.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

MORTEM ULTIMATUM



Hoje comecei o dia de um modo desagradável. Dentre os meus compromissos diários estava a participação em um velório na cidade de Araguari, próximo de Uberlândia, onde resido.
À noite, depois de um ultimato recebido do editor do portal iasdemfoco.net, sentei-me para escrever um artigo ou crônica, mas, resolvi escrever algo sobre a morte que nos ajude a pensar na vida:

MORTEM ULTIMATUM

A morte é o inesperado esperado da vida de todos nós. A certeza incerta de nosso futuro.
Sempre inexplicável, mesmo que saibamos o porquê de sua existência.
Sempre precoce, mesmo que vitime um ancião com mais de cem anos.
Sempre cruel, ainda que alivie sofrimentos.
Diante da morte findam-se louvores, prazeres, dores e até amores.
Mesmo nossas inimizades cessam diante dela.
Mas o que a morte não pode aniquilar é a esperança dos que vivem, mesmo que segundos antes destes tornarem-se vítimas deste implacável algoz.
“E, quando isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó morte, a tua vitória?” I Coríntios 15:54-55

segunda-feira, 8 de agosto de 2011


Com alegria, recebi no último dia 04 de aagosto uma homenagem da Câmara Municipal de Uberlândia, indicado pelo Vereador Norberto Nunes que é também o Primeiro-secretário da casa. Nesta ocasião, com a ajuda de alguns amigos pudemos distribuir mais de 400 DVD's "O Grande Conflito".

quarta-feira, 2 de março de 2011

O LOUCO E O LÚCIDO

Naquela manhã eu caminhava a passos largos pela calçada de uma rua no centro da cidade. E tinha pressa! O meio-dia já se aproximava e minha lista de afazeres ainda estava quase inteira.

Ao cruzar com um homem, pude perceber de imediato que se tratava de uma pessoa com perturbações mentais. Ele era franzino, barba descuidada, roupa um tanto quanto suja e carregava uma garrafa pet vazia sob a axila direita. Estava com alguma coisa nas mãos que não me lembro bem o que era, mas, o que me chamou a atenção naquele homem foi o fato de que ele estava sorrindo.

Como não havia mais ninguém por perto e ele não estava me olhando, mas dirigia seu olhar para o chão, percebi que o sorriso era fruto de algo que lhe surgia na mente naquele momento. Seria uma lembrança, um rosto, uma frase? Só Deus sabe...
Num relance pude contrastar nossas diferentes atitudes. Eu, com o rosto sério, imerso em pensamentos e preocupações; ele, esboçando um sorriso de cândida despreocupação e leveza.
Quando me dei conta estava sorrindo também... Meu Deus, algum transeunte terá me julgado também por louco? Será?

Aquele simples acontecimento mudou a trajetória de meus pensamentos. De repente percebi que eu tinha inúmeros motivos para sorrir, mas Deus precisou colocar em meu caminho alguém que aparentemente não tinha motivos para ser feliz e, contudo, parecia sê-lo.

Com certa facilidade pude enumerar quatro motivos para estar sorrindo e quero compartilhá-los com você. São quatro coisas preciosas para se ter e acredito que você tenha mais do que uma delas, bem-aventurado se tem as quatro!:

1. FÉ – Blaise Pascal, teólogo e cientista do século XVII afirmou: “Como é bom poder ter fé. Com a fé, vejo mistérios; sem a fé, vejo absurdos.” Em uma análise simplista, a fé dá sentido à existência (de onde vim, quem sou e para onde vou?). A vida não teria nenhuma graça sem fé. Imagine deitar-se para dormir sem ter a esperança de acordar no dia seguinte? Sem fé o que seria da esperança? O apóstolo Paulo a coloca como resultado de um processo que tem início com a fé (Romanos 5:1-5). Não é a toa que Hebreus 11:6 diz que “sem fé, é impossível agradar a Deus”.

2. LUCIDEZ (mental e espiritual) – Já ouvi dizer que a lucidez é insuportável em um mundo de insanos. Outros acham que a lucidez, como a loucura, pode ser perigosa. A escritora Clarice Lispector escreveu: “que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano, - já me aconteceu antes.” Mas por que não podemos ser felizes sendo lúcidos? Como é bom ser lúcido, como é bom poder saber o que se quer e querer o que se sabe! A sabedoria não consiste em unir loucura e alegria, mas lucidez e felicidade. “Digamos” como o filósofo francês André Comte-Sponville “que a sabedoria aponta para uma direção: a do máximo de felicidade no máximo de lucidez.”

3. CAPACIDADE MOTORA – mínima para cuidar-se sozinho, sem a necessidade de que outras pessoas cuidem de sua higiene, alimentação e locomoção. Digo mínima, porque na realidade existem cinco capacidades motoras: a resistência, a força, a agilidade, a flexibilidade e a velocidade. A dignidade de poder bastar-se não tem preço!

4. AMOR – se você tem para dar e para receber, sinta-se um ser privilegiado. Muitos se gastam e se desgastam por coisas outras como por exemplo: poder, prestígio, fama, dinheiro, móveis, imóveis e automóveis. Provérbios 22:01 afirma categoricamente: “É melhor ser respeitado do que ser rico; é melhor ser amado do que ter uma fortuna em ouro e prata.” A Bíblia Viva.

Como se vê, não é preciso tanta coisa para ser feliz. A maioria das pessoas leva uma vida para entender isso, a não ser que Deus lhe faça cruzar com um louco que sorri... Ou seria um anjo?

terça-feira, 15 de junho de 2010

VUVUZELAS X VOVÓSZELAM

"Abrirei a minha boca numa parábola; falarei enigmas da antiguidade. Os quais temos ouvido e sabido, e nossos pais no-los têm contado. Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os louvores do SENHOR, assim como a sua força e as maravilhas que fez. Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em Israel, a qual deu aos nossos pais para que a fizessem conhecer a seus filhos; Para que a geração vindoura a soubesse, os filhos que nascessem, os quais se levantassem e a contassem a seus filhos; Para que pusessem em Deus a sua esperança, e se não esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos." Salmo 78:2-7.

Enquanto as ensurdecedoras vuvuzelas eram tocadas freneticamente no jogo Japão x Camarões em Bloemfontein na Africa do Sul, no dia 14 de junho de 2010, eu estava extremamente calmo.

Você pode deduzir que eu estava calmo porque não sou nem japonês e nem Camaronense. É verdade. Mas eu estava no hospital Belo Horizonte na capital mineira esperando o momento de ver meu primeiro neto (neto!!?? Meu Deus é verdade!!!) Bernardo que estava para nascer.

Eu ainda não me acostumei com a idéia, confesso. Habituei-me bem rápido a ser chamado de pai ou papai. Também adaptei-me razoavelmente a ser chamado de sogro (ou sogretes como fala minha nora Erika), mas vovô? Está difícil!!! Parece que estou interpretando um personagem de algum filme ou algo do gênero.
Acho que isto se deve à natural tendência humana de rejeitar os símbolos de envelhecimento. Não estou falando de vaidade. Me refiro à constatação de que o tempo é implacável com todos. Nascemos, crescemos, nos educamos, casamos, nos reproduzimos, envelhecemos e nos aproximamos da morte. Esta realidade é cruel para todos: ricos e pobres, feios e bonitos, que têm inteligência ou são resistentes a ela, enfim, todos os seres humanos.

Ao mesmo tempo, tomar nos braços um pequenino já na meia idade é algo especial. É saber que a sua descendência tem continuidade. É assustador imaginar que sua história não continua. Ser pai ou mãe é experimentar o ato criador de Deus através de nós. Mas ser avós é sentir algo maior. É perceber que a criação de Deus continua em sua descendência. E enquanto as vuvuzelas ressoam os vovós zelam do rebento de seus filhos.
Como afirmou Arnaldo Jabor : "Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?… Precisamos tentar… Quem sabe comecemos a caminhar transmitindo essa mensagem… Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!”.

sábado, 5 de junho de 2010

QUANDO RED BULL NÃO DEU ASAS...



Domingo, 30 de maio de 2010. Naquele dia os apaixonados por Fórmula 1 puderam entender o “porque” do símbolo da equipe austríaca RBR – Red Bull Racing.

O símbolo da equipe é o mesmo do energético mais vendido no mundo (140 países, 3 bilhões de latas/ano e faturamento de 21 bilhões de euros): dois touros em posição frontal de combate. Entre seus compostos estão a cafeína e a taurina – sendo esta um estimulante dez vezes mais forte do que a cafeína). Provavelmente por causa da taurina, os Red Bulls - bois vermelhos (de raiva, de fúria) e o Slogam do energético: Red Bull te dá asas...

Quando o australiano Mark Webber, pole position e líder da prova até o momento, estava na 40ª volta, a apenas 18 voltas de se tornar o vencedor (com possível dobradinha da equipe, porque Sebastian Vettel seu companheiro estava em segundo lugar), recebeu instruções para poupar combustível, portanto “tirou o pé”. Vettel que tinha mais combustível que ele coloca o carro ao lado do seu com as rodas dos carros quase se tocando. De repente, uma guinada para a direita faz Vettel bater sua roda dianteira direita na roda traseira esquerda de Webber, provocando a saída de Vettel e a avaria de Webber, o que lhe custou a vitória e à equipe a dobradinha, com a perda dos dois primeiros lugares e de 43 pontos para a McLaren. Um fiasco... daqueles de levar ao desespero toda a equipe.

A RBR pode ganhar o campeonato, mas, se um erro da Ferrari já tirou por um ponto o título mundial em 2008 de Felipe Massa, imagine o que pode acontecer em um campeonato que já teve vários vencedores e vários líderes até agora.

Os “red bulls” bateram cabeças literalmente falando... E com isso só perderam...

Isto não é privilégio da RBR ou da Fórmula 1 – elite do automobilismo, um esporte altamente competitivo – cujos interesses se revelam em vitórias e patrocínios milionários. Acontece até mesmo nos ambientes mais inimagináveis das relações humanas e suas complicações.

Para não fugir do trocadilho – característica do Brasil, segundo José Simão, o país da piada pronta – a velocidade das conquistas profissionais quase sempre esbarra na ética e faz uma equipe inteira, seja em que esfera de atividade for, perder como um todo.

Quanto mais depressa alguém deseja alcançar determinada posição hierárquica ou social tanto maior sua disposição de atropelar quem quer que seja pelo caminho... Mesmo que não haja lugar para duas pessoas na relação espaço/tempo/atividade.

Nos lares, por exemplo, quando cônjuges ficam medindo forças – ao contrário de uni-las – os dois saem perdendo e toda a família também. Isto também pode ser aplicado ao trabalho, à escola e a todas as áreas da vida.

Infelizmente as pessoas se colocam frente a frente como dois touros loucos, furiosos, em luta mortal. Mas eles são irracionais... E nós?

Quanta dor nós nos teríamos poupado e às pessoas que nos cercam se pensássemos mais sobre nossos erros passados e se deles nos arrependêssemos como forma de diminuir os erros do futuro? Como afirmou Honoré de Balzac, romancista francês do século dezenove: "O remorso é uma impotência, ele voltará a cometer o mesmo pecado. Apenas o arrependimento é uma força que põe termo a tudo."

Lembremo-nos da Palavra do Senhor que diz: “Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes. E rejeita as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas.” 2 Timóteo 2:14 e 23.

domingo, 21 de março de 2010

Uma perda, uma dor...

Acidente automobilístico traz dor e perda à igreja


Tristeza invade o coração da família Adventista do Sétimo Dia




Por Pr. Claudiney Santos
Fonte: Comunicação - AML


Nesta sexta feira, dia 19 de março, em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas, O Pr. Anderson Junio de Souza, pastor do distrito central de Governador Valadares, envolveu-se em uma cidente automobilistico e lamentavelmente, veio a falecer. O acidente aconteceu na estrada que liga Governador Valadares a Aimorés, em um momento de chuva intensa, o veiculo fugiu do controle e colidiu frontalmente com uma carreta.


Dentro do veículo estava o Pr. Helder Elias, auxiliar do distrito Central de Governador Valadares, que teve sérios ferimentos, e está internado em Vitória.


Oremos intensamente neste momento pelo Pr. Helder Elias, e de forma especial pela esposa (Geosane) e filhos (Victor e Ellen), do Pr. Anderson.

sábado, 13 de março de 2010

TEMPO DE ENGANO


Um novo ano sempre renova nossas esperanças de viver algo melhor. Foi assim que me consolei com as imagens que havia acabado de assistir.

Estávamos no fim de 2009. Cada fim de ano é apresentado um tradicional programa televisivo com a retrospectiva dos principais fatos que marcaram o ano. Este tipo de programa é permeado de imagens e informações que sintetizam a história humana em todos os aspectos.

Geralmente são apresentados fatos tristes e fatos alegres, na tentativa de não tornar o programa num circo de horrores, em uma época que as pessoas gostam de falar de alegria e confraternização. Mas a retrospectiva de 2009 parecia mais carregada de catástrofes do que nos anos anteriores.

Assisti atônito as imagens que me fizeram relembrar as nossas mazelas sociais, entretanto, o que mais me chocou foi contabilizar naquele resumo anual dezenas de catástrofes da natureza que causam destruição e morte.

Mal começamos o ano e novas tragédias começaram a acontecer: Angra dos Reis, Rio de Janeiro e outros lugares no cenário nacional e internacional. Os terremoto do Haiti parecia ser o pior fato do ano, mas a ele se seguiriam alguns no Chile e no resto do mundo centenas. Veja na página http://www.apolo11.com/terremotos.php a relação de abalos sísmicos ocorridos no mundo que só nos oito primeiros dias de março chegam a 224!

Terremotos inferiores a 3,5 graus da escala Richter têm possibilidade de serem registrados, mas, praticamente não são percebidos. Entre 3,5 a 5,4 graus são geralmente percebidos com pequenas conseqüências. De 5,4 a 6 graus produzem destruição significativa em edificações com construção frágeis, já nas edificações de construção estruturada os prejuízos são pequenos. Entre 6,1 e 6,9 graus são capazes de destruir tudo num raio de 100 quilômetros. Nesta categoria estão listados doze terremotos no site mencionado.

Entre 7 e 7,9 graus são propícios à retirar os edifícios de sua fundações, sem contar o surgimento de fendas no solo e danificação de toda tubulação contidas no subsolo. Entre 8 e 8,5 graus são considerados de grande magnitude, destroem pontes e praticamente todas as construções existentes.

Os especialistas dizem que destruição total ocorre com tremor de 9 graus, e, hipoteticamente, se houvesse um terremoto de 12 graus a Terra seria partida ao meio.

Há seca em uma parte do país e do mundo e enchentes em outras. O Frio mata em alguns lugares e o calor sufoca em outros.

Quando me deparo com tais acontecimentos sinto que 2010 será o pior ano até aqui registrado em nossa história. A resposta de Jesus à indagação dos discípulos me martela a mente: “Diga-nos, quando há de suceder isso, e qual será o sinal quando tudo isso estará para se cumprir?” Marcos 13:4

Em geral nos lembramos das previsões catastróficas que Jesus enumerou: “...Quando ouvirem falar em guerras e rumores de guerras, não se assombrem, porque é necessário que tudo isso aconteça, todavia ainda não é o fim. Porque povo se levantará contra povo, e reino contra reino, e haverá terremotos em vários lugares, e haverá fomes e perturbações, o princípio das dores de parto”. Marcos 13:7,8

Mas devemos nos lembrar que Jesus começou sua resposta com uma advertência: “Vejam para que ninguém lhes engane.” Marcos 13:5

Como ser enganado? O que Jesus queria dizer? A questão se esclarece no restante do texto:

“Porque muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu!', e enganarão a muitos. Marcos 13:6

É precisamente quando nossa atenção se volta para o espetáculo dantesco de uma natureza combalida e destruída pelo ser humano que satanás trabalhará com a natureza humana desprovida do temor de Deus para apresentar ao mundo uma interpretação errônea dos fatos e lançar sobre os fiéis filhos de Deus a culpa das mazelas humanas: “Mas, acautelem-se a vocês mesmos, porque lhes entregarão aos Sinédrios e às sinagogas. Vocês serão açoitados, e serão levados diante de governadores e reis, por minha causa, como testemunho para eles.

Foi esta a estratégia que ele usou nos tempos da igreja apostólica quando os imperadores atribuíam aos cristãos a culpa pelos terremotos, pestilências, fomes e tragédias naturais que assolavam o mundo. É tempo de engano, portanto é tempo de atender à advertência de Jesus: “Vejam, ninguém lhes engane”! Contudo, também é tempo de esperança, esperança que o Evangelho difunde na vida das pessoas que vivem nas trevas do pecado. Antes do fim de todas as coisas deste mundo “é necessário que o Evangelho seja primeiramente proclamado a todos os povos.” Que parte você e eu temos desempenhado neste desiderato?

“Precisamos trabalhar enquanto é dia, para fazer as obras daquele que me enviou. Pois está chegando a noite, quando ninguém pode trabalhar” (João 9.4).