sábado, 5 de junho de 2010

QUANDO RED BULL NÃO DEU ASAS...



Domingo, 30 de maio de 2010. Naquele dia os apaixonados por Fórmula 1 puderam entender o “porque” do símbolo da equipe austríaca RBR – Red Bull Racing.

O símbolo da equipe é o mesmo do energético mais vendido no mundo (140 países, 3 bilhões de latas/ano e faturamento de 21 bilhões de euros): dois touros em posição frontal de combate. Entre seus compostos estão a cafeína e a taurina – sendo esta um estimulante dez vezes mais forte do que a cafeína). Provavelmente por causa da taurina, os Red Bulls - bois vermelhos (de raiva, de fúria) e o Slogam do energético: Red Bull te dá asas...

Quando o australiano Mark Webber, pole position e líder da prova até o momento, estava na 40ª volta, a apenas 18 voltas de se tornar o vencedor (com possível dobradinha da equipe, porque Sebastian Vettel seu companheiro estava em segundo lugar), recebeu instruções para poupar combustível, portanto “tirou o pé”. Vettel que tinha mais combustível que ele coloca o carro ao lado do seu com as rodas dos carros quase se tocando. De repente, uma guinada para a direita faz Vettel bater sua roda dianteira direita na roda traseira esquerda de Webber, provocando a saída de Vettel e a avaria de Webber, o que lhe custou a vitória e à equipe a dobradinha, com a perda dos dois primeiros lugares e de 43 pontos para a McLaren. Um fiasco... daqueles de levar ao desespero toda a equipe.

A RBR pode ganhar o campeonato, mas, se um erro da Ferrari já tirou por um ponto o título mundial em 2008 de Felipe Massa, imagine o que pode acontecer em um campeonato que já teve vários vencedores e vários líderes até agora.

Os “red bulls” bateram cabeças literalmente falando... E com isso só perderam...

Isto não é privilégio da RBR ou da Fórmula 1 – elite do automobilismo, um esporte altamente competitivo – cujos interesses se revelam em vitórias e patrocínios milionários. Acontece até mesmo nos ambientes mais inimagináveis das relações humanas e suas complicações.

Para não fugir do trocadilho – característica do Brasil, segundo José Simão, o país da piada pronta – a velocidade das conquistas profissionais quase sempre esbarra na ética e faz uma equipe inteira, seja em que esfera de atividade for, perder como um todo.

Quanto mais depressa alguém deseja alcançar determinada posição hierárquica ou social tanto maior sua disposição de atropelar quem quer que seja pelo caminho... Mesmo que não haja lugar para duas pessoas na relação espaço/tempo/atividade.

Nos lares, por exemplo, quando cônjuges ficam medindo forças – ao contrário de uni-las – os dois saem perdendo e toda a família também. Isto também pode ser aplicado ao trabalho, à escola e a todas as áreas da vida.

Infelizmente as pessoas se colocam frente a frente como dois touros loucos, furiosos, em luta mortal. Mas eles são irracionais... E nós?

Quanta dor nós nos teríamos poupado e às pessoas que nos cercam se pensássemos mais sobre nossos erros passados e se deles nos arrependêssemos como forma de diminuir os erros do futuro? Como afirmou Honoré de Balzac, romancista francês do século dezenove: "O remorso é uma impotência, ele voltará a cometer o mesmo pecado. Apenas o arrependimento é uma força que põe termo a tudo."

Lembremo-nos da Palavra do Senhor que diz: “Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes. E rejeita as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas.” 2 Timóteo 2:14 e 23.

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