terça-feira, 18 de setembro de 2018

A NOVA REALIDADE FAMILIAR. PROGRAMA ALERTA GERAL APRESENTADO POR LINCOLN DINIZ PORTELA EM 2002. UM TEMA QUE CONTINUA ATUAL.

terça-feira, 8 de julho de 2014

E O GIGANTE TOMBOU!

                                                                 Imagem: www.globo.com

Nós, brasileiros que apreciamos a seleção brasileira de futebol, desejávamos há muito tempo a realização de uma Copa do Mundo no Brasil para que tivéssemos a oportunidade de apagar as lembranças da dramática final de 1950 contra o Uruguai no Maracanã. E tivemos a oportunidade... Certamente nos esqueceremos do fiasco de 1950 da pior maneira possível. Eram sete passos, sete degraus, como diziam alguns, para ser campeão. Ao invés de vencermos os sete passos, levamos uma goleada de 7x1.

Durante os primeiros minutos de jogo, a ausência de Neymar Jr. parecia ser compensada pela garra dos jogadores brasileiros, mas, de repente, de forma inacreditável, diante dos olhos do mundo inteiro, a seleção canarinho, respeitada em todos os continentes, fica irreconhecível e toma uma goleada da seleção alemã.

Tenho certeza de que muitos jornais venderão o dobro, especialmente na Alemanha e que isso será assunto por muito tempo no mundo dos esportes. Haverá revoltas, quebra-quebra, gente chorando, gente faltando ao trabalho, maridos e mulheres brigando por coisa sem sentido, etc.

Durante os meses que antecederam a realização desta fatídica Copa do Mundo, percebeu-se um comportamento festivo só visto por ocasião do natal.  Lojas enfeitadas com o verde-amarelo característico, carros com bandeiras no capô e no retrovisor ou ainda preso nos vidros das portas traseiras... A euforia tomava conta de tudo e de todos (ou quase todos). Se uma Copa do Mundo fosse ganha com a euforia dos torcedores, então o Brasil teria conquistado a sua sexta estrela... Mas, o gigante tombou!

A pergunta que me fiz desde o princípio é: se e quando o Brasil fosse derrotado, como reagiria o povo brasileiro? Continuaríamos a agitar nossa bandeira? Teríamos ainda orgulho das cores verde e amarela? Continuaríamos a ser brasileiros com muito orgulho e com muito amor? Será? Infelizmente sempre tive minhas dúvidas com respeito a isto...

Fomos acostumados a pensar que ser campeões do mundo no futebol amenizaria nossa situação nada confortável no ranking de mazelas e problemas sociais. Uma ilusão “panis et circenses” nos alimentava e nos adormecia. O bordão no mundo do jornalismo político em recentes acontecimentos era “o gigante acordou”... Agora a frase será: o gigante tombou!
O que mais precisamos neste momento não é nos fixarmos na sexta estrela não conquistada, mas, nas cinco que já ostentamos na camisa amarela de nossa seleção de futebol.

Piores perdas nós temos todos os dias: vidas ceifadas em estradas mal conservadas, assassinatos, latrocínios, impostos abusivos, políticos e governantes inescrupulosos... A lista seria maior do que todas as estrelas que pudéssemos alcançar se tivéssemos ganhado todas as copas do mundo que disputássemos.

Então, o que podemos esperar do povo brasileiro, de mim e de você, amigo leitor? Que nos lembremos de que o Brasil é muito mais do que uma estrela a mais no peito. Temos 27 estrelas estampadas em nossa bandeira, representando 27 estados com os quais devemos nos preocupar.

Eu espero que as derrotas nas coisas deste mundo não nos façam esquecer que nossa verdadeira vitória não é sobre coisas passageiras, mas sobre coisas eternas. O apóstolo Paulo tão sabiamente colocou em palavras inspiradas o sentimento daqueles que vendo a constante busca pela vitória nos círculos humanos, espera, contudo, a vitória que não privilegia uns em detrimento de outros. Na corrida pela vida eterna todos poderão erguer o prêmio da vitória: a coroa da vida eterna!

“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” 1 Coríntios 9:24-27. 

sábado, 8 de março de 2014

JESUS, DELÚBIO E JOSÉ(s)

Os nomes acima não são naturalmente associáveis na mente das pessoas. Um religioso convicto tem em mente que é mais associável os nomes: Jesus, Maria e José. O que pretendemos, entretanto, não é a clássica associação da família Nazarena. Dos nomes mencionados no título desta reflexão o único bíblico, essencialmente falando, é o de Jesus. E o que dizer de Delúbio? Certamente este não é um nome bíblico, e, no caso do Delúbio ao qual nos referimos nem mesmo é digno de figurar ao lado do nome do Filho de Deus. Que me perdoem os Delúbios que são pessoas íntegras. E José? De José a Joseph ou Joe, este é um nome comum em várias línguas. Nome pelo qual foram chamados grandes homens da história, tanto bíblica quanto secular.

Eu teria todos os motivos para gostar do nome José, nome de centenas de Josés que conheci nesses cinquenta e três anos de vida..., nome de um de meus irmãos, de meu sogro e de meu saudoso pai, homem íntegro e lutador que deixou a mim e a meus irmãos um exemplo de honra. Em seu túmulo, no Cemitério São Francisco, na cidade de Candeias, MG, nossa terra natal, encontra-se um epitáfio que foi composto por mim, a pedido de minha família: “O tempo não pode apagar, nem a vida fazer esquecer; sua voz nos ensinado a amar e seu exemplo nos ensinando a viver”.

Mas, eis que surgem outros Josés, não um genuíno, mas um Genoíno, que ao lado de outro José (Dirceu) e de Delúbio (Soares) me fazem reaprender a força de um ensinamento de Jesus. Antes que alguém me julgue louco quero explicar o porquê...

Segundo o relato de Mateus Jesus afirmou: “Peçam, e vocês receberão aquilo que pedirem. Procurem e vocês acharão. Batam, e a porta se abrirá”. Pois todo aquele que pede, recebe. Qualquer um que procura, acha. Se vocês apenas baterem, a porta se abrirá”. Mateus 7:7,8 A Bíblia Viva.

Durante a minha vida eu sempre tive dificuldade em pedir. Especialmente no que tange a pedir ajuda financeira ou material. E não se tratava de ter vergonha de pedir para mim, porque nunca gostei de pedir qualquer coisa mesmo para ajudar outras pessoas. Campanhas de alimentos, recolta ou o que fosse; eu tinha vergonha de pedir. Quando precisava fazê-lo era à custa de relutância. Mesmo com o claro ensino de Jesus eu ainda tinha dificuldades até que José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal a pagar multas pelos danos que eles causaram ao erário e ao povo brasileiro. Eles, diferentemente de mim, não tiveram vergonha e, de certo, modo colocaram em prática para fins de interesse pessoal o ensino de Jesus no texto citado acima. Eles pediram ao povo, através de uma campanha de arrecadação de fundos através da internet e, pasmem, arrecadaram juntos em algumas semanas aproximadamente dois milhões e seiscentos mil reais! De fato eles pediram e a eles foi dado...

E eu? Pastor de igrejas com desafios enormes, sem recursos financeiros para abrigar em um simples templo próprio a maioria dos irmãos de meu distrito, tendo que vê-los se apertarem em uma garagem que mal cabe um carro, como é o caso de Pratinha, MG onde mais de 25 pessoas congregam em um espaço de aproximadamente 20 metros quadrados. Eu TINHA vergonha de pedir... TINHA! 

Acordei para o fato de que represento o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e que preciso de recursos para fazer avançar a pregação do Evangelho. Tenho cidades em minha região precisando de que se lhes dê a mensagem da breve volta de Jesus e não posso me calar diante de tamanho desafio. Vejo pessoas escravizadas pelos vícios, infelizes e sem Deus na vida...

Dizem que as pessoas sempre nos ensinam algo, mesmo as ruins. Dizem até que de satanás podemos aprender que ele não desiste, mesmo tendo a causa perdida (Apocalipse 12:7-12).

Obrigado José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares, porque aprendi com vocês que a gente não deve ter vergonha de pedir... ainda mais se o motivo for nobre, então, não há porque ter vergonha.

Se você leu este artigo, lembre-se que você pode colaborar com a Missão Global Araxá: Nossa Missão é pregar, a promessa de Deus é converter!


Não pense que apenas grandes valores são esperados. Na Missão global, cada real se transforma em mensagem de salvação!

Você pode entrar em contato comigo pelo e-mail: pastorcarlosmelo@gmail.com, Facebook: Carlos Melo de Castro, Twitter @pastormelo e pelos telefones: (34) 3661.8032 - 9112.8733 (TIM) e 9828.1668 (Vivo)
                            Irmãos de Pratinha, MG em frente à pequena garagem onde se reúnem.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

KISS: O BEIJO DA MORTE.



François de La Rochefoucauld afirmou com propriedade que “todos temos força suficiente para aguentar os infortúnios dos outros.” Mas, apenas quando provarmos de algum modo o infortúnio, aprenderemos a valorizar a felicidade simples de cada dia? Apenas quando sentirmos o beijo da morte aprenderemos a valorizar a vida?

Quem não gosta de um beijo? Beijo na testa, no rosto, na mão ou na boca... Depende de quem o dá e de quem o recebe para determinar sua importância para nós. Todavia, com um beijo sela-se uma cerimônia matrimonial ou executa-se uma traição adúltera ou ainda uma traição de amizade como fez Judas com Jesus. Há beijos sinceros e falsos, dados ou vendidos, respeitosos e escandalosos... Há beijos de todas as espécies.

Assim como em português, a palavra inglesa Kiss significa beijo. Eu poderia ter boas lembranças desta palavra de origem anglo-saxônica, afinal, em minha infância ouvia-se sempre o Rei do Rock and Roll, Elvis Presley cantar “kiss me quick”. Poderia também pensar na marca de bala Kiss, de delicioso sabor refrescante, mas, como não aprecio o hard rockdesgostei-me desta palavra quando ela tornou-se o nome da banda americana Kiss formada em Nova York em 1973, conhecida mundialmente por suas maquiagens e por seus shows que incluem coisas exóticas como guitarras esfumaçantes, fogo, sangue, serpente mecânica e pirotecnias.  

Tenho cá meus motivos para não gostar do nome e acrescento agora mais um motivo para não ter boas lembranças de Kiss: a tragédia da boate na cidade gaúcha de Santa Maria com um saldo funesto de 237 mortos e centenas de pessoas traumatizadas pelo resto da vida.

Dizem que a iminência e proximidade da morte fazem que seus sobreviventes tomem atitudes diferentes daí em diante, alterando sua escala de valores, referentes a pessoas e coisas. Para muitos, parece ser necessário ser vitimados por algum mal para que aprendam a valorizar a saúde e a vida.

Nosso país parece estar a reboque dos acontecimentos para tomar atitudes. Quase sempre não há ação, mas, re-ação aos fatos e tragédias. Por algum tempo as autoridades ficarão alerta sobre as normas de segurança de locais públicos, mas, até quando? Parece que é necessário haver tragédia para haver cumprimento da lei. É necessário que morra alguém importante para que uma estrada seja corretamente sinalizada? É necessário ver o cólera, a dengue ou a gripe H1N1 dizimarem centenas de pessoas para que nos tornemos mais precavidos, mais conscientes de nossa responsabilidade coletiva?

Quando houve aquela tragédia em uma escola do Rio de Janeiro, o assunto foi pauta para se vender notícia por mais de uma semana. Autoridades e especialistas vieram a público falar das providências que deveriam ser tomadas... E foram? As casas que deveriam ser construídas para que as pessoas fossem retiradas das áreas de risco em Nova Friburgo foram construídas? Que nada!

Certamente que alguns discordarão veementemente de mim no todo ou em parte. Poderão até lembrar-me do famoso provérbio popular: antes tarde do que nunca... Eu posso afirmar que o tarde para aqueles mortos e suas famílias é nunca!

 A grande ironia é que a razão social da boate Kiss é: Santo Entretenimento Ltda. Este foi um maldito entretenimento escolhido por aquele grupo de pessoas naquela noite. Marcará para sempre a história da cidade de Santa Maria e de todas as famílias, amigos e colegas das vítimas. Mas há perguntas que precisam de respostas:

Ficamos chocados com a morte de 237 pessoas em uma tragédia? Todavia morrem nas estradas brasileiras, em média, 100 pessoas por dia! Estradas e pontes mal cuidadas, cheias de buracos, curvas escorregadias, asfalto de péssima qualidade, motoristas irresponsáveis que confiam na impunidade, motoristas de uma enorme frota de caminhões que vivem diuturnamente sobre o volante à base de rebites, trazendo atrás de si cargas acima do peso permitido, num círculo vicioso que mata e aleija vidas e sonhos.

E se falarmos das pessoas assassinadas, vitimadas pela violência familiar, pelo tráfico de drogas? E os que morrem por falta de atendimento médico de urgência em nossos hospitais? E os idosos e crianças maltratados por babás e cuidadores sem escrúpulos? E as pessoas mutiladas pelo exercício ilegal e irresponsável das clínicas de estética e abortos clandestinos?

Quando começamos a enumerar nossas tragédias de cada dia percebemos que pouco ou quase nada se tem feito para minimizar a miséria humana ao nosso redor.

C. S. Lewis nos lembra do quão importante é aprender lições das tragédias porque "fora de todos os eventos humanos, é só a tragédia que traz as pessoas para fora dos seus próprios desejos mesquinhos e na consciência de outros seres humanos".

“Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias, Deus de toda a consolação, que nos conforta em todas as nossas tribulações, para que, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus, possamos consolar os que estão em qualquer angústia!” 2 Coríntios 1:3-4

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

QUEBRANDO O CÍRCULO


Era uma vez um casal que começou sua vida conjugal adotando um filho cujos pais haviam falecido. Este casal deu ao filho adotivo o nome de Janus e estavam felizes e cheios de esperança com o futuro dele, mas, dentro de algum tempo Janus faleceu. E isto aconteceu no exato dia em que aquele casal recebia nos braços seu filho Februus. A perda de Janus foi compensada em parte com a alegria que Februus trouxe ao casal.

Tristemente Februus também faleceu quando nascia o terceiro filho chamado de Marcius. E assim, a saga deste casal era sempre marcada pela chegada de um filho ao mesmo tempo em que falecia o outro. Marcius foi embora quando Aperina chegara. Aperina amava ver as flores se abrindo e era tão sonhadora quanto sua irmã May, que chegou quando esta dava seu último suspiro, o que também aconteceu com a tímida June, nascida em meio ao infortúnio da perda de May.

June faleceu quando seu irmão Julius deu seu primeiro choro e quando Julius faleceu depois das férias escolares do meio de ano, Augustus chegava com ar de menino sério. Ele foi diferente de seu irmão que nascera no dia de sua morte: Set. Este alegre menino gostava de flores e árvores coloridas, mas faleceu enquanto nascia seu irmão Octávius, observador e reservado como ele só. Depois nasceu Weber e, enquanto este falecia, nascia um menino de comportamento contraditório: às vezes ficava sério e preocupado e às vezes ria e se alegrava como se todas as tristezas se esvanecessem como mágica. Este era Décius que todos chamavam carinhosamente de Dedé.

Quando Décius morreu, sua mãe esperava outro bebê, mas a morte do 12º filho foi demais para aquele casal, que por sua vez sucumbiu diante da morte. O pequeno órfão foi imediatamente adotado por um casal amigo que, num gesto de carinho deu o nome ao pequeno de Janus. E a estória se repetiu e se repetiu exaustivamente ao longo da vida...

Esta estória é um retrato da realidade. De um ciclo que parece interminável...

A Bíblia relata no livro da gênese humana - Gênesis capítulo cinco - algo muito parecido. Desde Adão até Noé, a sequência inexorável da morte é algo triste de ser contemplado. Um após outro, os filhos de Deus vivem uma sequência com um fim mórbido: nascem, crescem, se casam, têm filhos e por fim morrem. 

Se lêssemos apressadamente Gênesis capítulo 5 e nada mais, não haveria motivo para alimentar qualquer esperança de um futuro diferente, que não passasse pela imutável sequência fatídica da vida e da morte. Mas há um fato que quebra este circulo vicioso da morte. No verso 23 lemos: “Todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos”, e onde se esperava ler “e morreu”, como nos demais, lemos, todavia:” Enoque andou com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus o tomou.” O ciclo vicioso da morte foi quebrado porque alguém andou com Deus todo o tempo e Deus o levou, não pela morte, mas o levou para continuar sua existência ao lado dEle.

Por tais coisas temos a esperança. E a Esperança é o combustível da vida. A Esperança é Jesus. O apóstolo Paulo fala do círculo virtuoso da esperança: "E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." Romanos 5:3-5.

Pelo poder do Espírito Santo precisamos fazer planos para que 2013 não seja mera repetição de 2012. Aqueles que não tem fé vivem na repetência de uma existência vazia, numa triste aplicação do que a Bíblia afirma: “O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.” Eclesiastes 1:9-10.

Segundo Lewis R. Walton, “tem-se dito que os que deixam de aprender da história estão fadados a repetir seus erros. Para os Adventistas do Sétimo Dia esta declaração é mais do que um clichê. É uma certeza”.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

QUANDO A RAZÃO PERDE A RAZÃO



Lembrando-me da série televisiva de ficção científica dos anos 60 (sei que muitos leitores nem haviam nascido ainda) Star Trek, conhecida no Brasil como Jornada nas Estrelas (a série original) vem à minha mente a figura exótica do meio-vulcano e meio-humano Spock interpretado por Leonard Nimoy.

Diante de algumas situações ou declarações nas quais estavam envolvidos os seres humanos da nave Enterprise, o primeiro oficial comandante Spock proferia algumas palavras, tais como: intrigante, fascinante e ilógico.

É intrigante e fascinante a capacidade humana de reagir diante do que acontece no mundo, no seu trabalho ou em sua casa. O ser humano, inquestionavelmente tem a capacidade de expressar seu contentamento ou desaprovação diante dos fatos e das palavras. Nesse quesito, nem todos somos capazes de agir ou reagir da forma adequada.

Um de meus professores de línguas bíblicas e língua portuguesa no Seminário de Teologia, o saudoso professor Pedro Apolinário, afirmava que, toleram-se os tropeços nas palavras, na linguagem coloquial do cotidiano, mas, jamais podem ser tolerados os tropeços de quem se dedica à arte de expressar-se através da linguagem escrita. Ele dizia: “o escrever torna (ou deve tornar) o homem preciso”.

Quando pessoas se apressam em emitir sua aprovação ou desaprovação, agrado ou desagrado diante dos fatos da vida, não se apercebem que podem até ser “precisas” em suas palavras, todavia, levianas quando os aspectos a serem considerados são as consequências de suas palavras.

Muitas vezes, um e-mail, carta ou outra forma de comunicação escrita (formal ou informal) pode causar uma repercussão desagradável e incontrolável. No passado, dizia-se que “as palavras são como um saco de penas lançadas do alto de uma montanha. Uma vez que alguém as lance, jamais conseguirá reuni-las, todas, outra vez”.

Neste mundo cibernético, podemos afirmar que um e-mail, mensagem ou post nas redes sociais, uma vez tendo sido apertada a tecla “enter” ou clicado “enviar” não pode mais ser controlado. Uma vez postado, ninguém tem mais controle sobre o que se postou. “Caiu na rede é peixe”, deu lugar a “caiu na rede é perigo”.

Alguém que, dentro dos seus direitos e sua privacidade, abre mão de coisas tão preciosas pelo simples impulso de “postar” palavras sem pensar, certamente poderia ouvir o veredito do inesquecível personagem de Nimoy: ilógico, uma das palavras prediletas de Spock. E assim a razão perde a razão!

Como afirmou Diogo Bercito, “a internet e os elefantes têm algo em comum: eles nunca esquecem!”.

"A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto." Pv 18:21

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

NOVO REI, NOVAS LEIS, MAS A MESMA VERDADE...


Gosto de me lembrar das máximas que meu pai nos dizia na intimidade familiar. Ele era um homem simples, a começar pelo nome, José. Era feliz, inteligente e sábio. Vez em quando, me pego repetindo suas frases simples, mas cheias de uma verdade estonteante. Uma dessas frases era: “Meu filho, para bom empregado não existe patrão ruim”.

Quando analisamos a verdade que emerge da frase acima, somos levados a concordar com ela – excetuando os patrões de fato ruins – uma vez que em certa medida a benevolência ou malevolência humanas têm um elemento de reciprocidade inerente. Analisemos: Um empregado que chega sempre atrasado, mas é pontual na hora de ir embora; que reclama do trabalho; que faz corpo mole; que parece sempre insatisfeito com o salário e com as funções a ele atribuídas; que sempre reclama o bônus, mas não quer arcar com o ônus do ofício... Pode esperar uma contrapartida do empregador que não seja diretamente proporcional ao seu comportamento?

Constantemente ouço as pessoas reclamando do governo. O governo é corrupto; o governo cobra demasiados e exorbitantes impostos enquanto não faz investimentos públicos necessários ao bem-estar geral: saúde, transportes, estradas, segurança pública, educação e por aí vai... Muitos desses queixosos são especialistas em burlar a lei, sonegar impostos, poluir o ambiente e um sem-fim de outras coisas e atos que revelam egoísmo e absoluta falta de comprometimento com o próximo ou com o senso de coletividade. Outra vez podemos ver o antagonismo recorrente entre o que se deseja de outrem e o que se pratica na individualidade.

E não é assim em outras facetas da vida humana? Nos relacionamentos afetivos e até mesmo no aspecto espiritual? No que tange ao último, até uma não-oração foi forjada em imitação inversa ao proposto na oração do Pai Nosso: “venha a nós o teu reino, tudo; seja feita a tua vontade, nada!”

Voltemos ao bucólico ditado de meu pai. De certa forma, as pessoas que estão na ativa, na qualidade de funcionários, quer públicos ou privados, são sempre liderados ou chefiados por outras pessoas. Quando alguém é transferido de setor, área, localidade ou função ou mesmo quando há mudanças na hierarquia de sua área de atuação existe grande probabilidade dessa pessoa se deparar com um novo líder ou chefe, gerente ou outra função equivalente. Quase sempre tal probabilidade causa apreensão e ansiedade porque geralmente tememos o desconhecido. Em se tratando de segurança, quase sempre as pessoas preferem o feio conhecido ao belo prometido.

Em qualquer das situações mencionadas, o ditado de meu saudoso pai continua verdadeiro e reflete uma lógica tão simples: não há o que temer quando fazemos a nossa parte com responsabilidade e equilíbrio, quando nos preocupamos mais em ser um colaborador adequado do que em ter um líder apropriado. Ouso, então, afirmar que para mim, a preocupação não está em quem vai me liderar no futuro próximo ou distante, de onde essa pessoa virá, sua aparência, seu nome ou se será boa ou ruim. Eu farei a minha parte, e, se meu velho pai tiver razão como muitas vezes demonstrou ter, posso afirmar sem medo de errar que a mim não importará se o rei for Rui ou se o Rei for Ruim...

“Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.” Romanos 12:18

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A ORAÇÃO DA OVELHA - Autor Desconhecido


TU, SENHOR, QUE TE APRESENTASTE COMO O BOM PASTOR PARA EXPLICAR TEU AMOR AOS HOMENS, AJUDA-ME A SER UMA BOA OVELHA.

QUE EU NÃO DESEJE ESCAPAR DO REDIL E QUE NUNCA ME ATRAIAM AS ALTURAS DAS CABRAS MONTESAS PARA ZOMBAR DO PASTOR E MORDISCAR O HORTO PROIBIDO.

OFEREÇO-TE MINHA MEDIOCRIDADE DIÁRIA DE OVELHA, PORQUE TU ME ACEITAS E ME QUERES ASSIM MESMO.

DÁ-NOS UM PASTOR QUE SE ASSEMELHE A TI, QUE NOS CONDUZA A BONS PASTOS E QUE NÃO SEJA MERCENÁRIO.

ESCOLHE PARA ELE AUXILIARES QUE NOS GUIEM E REÚNAM, MAS QUE NÃO SE COMPRAZAM EM ASSUSTAR-NOS OU CASTIGAR-NOS.

DA-LHE JUVENTUDE PARA PERMANECER CONOSCO NOS MONTES, E CURAR NOSSAS FERIDAS.

QUE NÃO TENHA VERGONHA DE CHAMAR-SE PASTOR DE OVELHAS – TU NÃO A TERIAS – E ISSO NOS ALEGRA.

ASSIM ESTAREI SEGURA DE QUE, SE ALGUM DIA FICAR PERDIDA NO MONTE, ELE VIRÁ BUSCAR-ME E ME LEVARÁ SOBRE SEUS OMBROS, FELIZ, DE VOLTA AO REDIL.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

UM ELOGIO DE UM AMIGO DISSIPA MIL CRÍTICAS

Posto aqui, com alegria, as palavras carinhosas de meu colega de ministério, o Pr. Michael Ruiz. Não o faço por descomedido orgulho e sim pela constatação de que 99% das mensagens que temos recebido contêm palavras de ânimo, expectativa e oração para que o nome de Deus seja cada vez mais louvado. Este texto representa as dezenas de mensagens que me tem chegado dando conta de que algo mudou para muitas pessoas a partir do último domingo. Como pastor, espero que tais decisões sejam duradouras, não só na vida de centenas de jovens, adventistas ou não, que tanto necessitam de algo que os motive positivamente.



Caríssimos pastores e amigos da saudosa AMC - Associação Mineira Central da Igreja Advneitsta do Sétimo Dia.

É com muito prazer que dirijo este correio a este seleto grupo de companheiros de ministério. Por ocasião da minha particular e sincera admiração a um colega que, com certeza deve ter experimentado em carne própria, por esses días, um satisfatório "orgulho santo".

Ontem, segunda-feira, tivemos um culto todo especial com toda a galera de alunos do IABC, quase 300 alunos. Contemplamos com muita emoção, por 15 minutos, os trechos principais do reality "A Casa da Ana Hickmann" e a apresentação das candidadas do reality ao irem ao palco do "Tudo É Possível"... Houve uma resposta muito, mais muito sentida mesmo por parte do auditório. Tive o encargo de encerrar o culto e revelar que tive o privilégio de conhecer a Wasthi e a sua afável família. 

Várias alunas, filhas de pastores, entre prantos me pediram para orar por um motivo muito especial; para que Deus lhes desse da mesma força que levou a Wasthi a testemunhar perante as câmeras, e a mesma coragem que ela teve de se orgulhar de Ser quem ela é, mesmo num mundo controverso e sem princípios.

Me chamou muito a atenção este pedido das meninas e rapazes, filhos de obreiros que vivem suas lutas e muitos deles desistem perante as pressões, e muito mais, diante das oportunidades de testemunhar ... Pois realmente o fato da querida Wasthi ter honrado o Quarto mandamento da santa lei divina foi por ter honrado primeiro o Quinto mandamento, pelo que ela receberá a benção da promessa decorrente.

Eu não tenho palavras para expresar a minha profunda admiração pela família do meu colega pastor Carlos Melo. Gostaria sim de pedir a receita!!! Para que um dia meus pequeninos deixem também orgulhoso o papai!!!

Parabéns a todos meus colegas e amigos, que no ministério pastoral investem tempo e esforço em nossos amados filhos e formosas esposas.

Wasthi, ...Sem comentários, você nem faz ideia da mensagem que plasmou na vida dos adolescentes que eu ví se emocionarem aqui no auditório. Especialmente quando lhes contei que você é filha de pastor. 

Eles com certeza foram marcados  por sua força, coragem e sobretudo a sua sinceridade; pois é verdade que nossos sonhos terrenos são de várias formas "truncados" pela nossa decisão de guardar o Santo Sábado. No momento da emoção a gente se questiona mesmo, nas câmeras ou fora das câmeras -rsrsrs-, mas é aquela força que não vem de nós, a sensação de dever cumprido, "porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação..." 2Cor.4:17. a que nos leva a perseverar e honrar nosso bondoso Pai e aos nossos pais ...Parabéns e Deus te encha de Sua infinita graça. Rebeca (filha de pastor) manda um abração de gratidão!

Deus vos abençõe a todos,

com estima Cristã

Pr. Michael Isaac Ruiz Figueroa
Preceptor IABC - Instituto Adventista  Brasil Central

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Reproduzo aqui a entrevista do jornalista e escritor Michelson Borges para a Rede Brasil Diário:


Entrevista para a Rede Brasil: Convicções religiosas

Em entrevista concedida à Rede Brasil Diário, o escritor e jornalista Michelson Borges dimensionou a atitude da jovem Wasthi Lauers de Castro, que desistiu de participar de um programa de reality show por causa da fé. De acordo com o escritor, em tempos como os de hoje, é raro ver pessoas lutando por aquilo que acreditam. (Veja a história de Wasthi aqui.)

1. Como você “enxergou” a atitude de Wasthi?

De uma tremenda coragem e senso de oportunidade. Declarar para milhões de telespectadores que abriu mão de uma grande oportunidade para se manter fiel à Palavra de Deus deve ter exigido da moça muita convicção e firmeza de caráter. Alguém poderia argumentar que ela foi um tanto imprudente ao aceitar participar de um programa que muito provavelmente colocaria à prova suas convicções de guardadora do sábado. Pode ser. Mas o que importa mesmo é que, no momento em que se viu sob pressão, Wasthi foi fiel e pôde testemunhar de sua crença, o que deixou admirada até mesmo a apresentadora do programa. Certamente, muitas pessoas devem ter pensado no exemplo dessa jovem que decidiu não violar sua consciência e sua fidelidade para com Deus – diga-se de passagem, algo muito raro nestes tempos de relativismo e corrupção moral.

2. Em sua opinião, o que leva uma pessoa a desistir de uma oportunidade como Wasthi teve? O que acontece na cabeça de uma pessoa com convicções tão fortes?

Uma íntima relação com o Criador, sólidos princípios morais e muita convicção de que a Bíblia, de fato, é a Palavra de Deus. É relativamente fácil obedecer a mandamentos que dizem: “Não matarás”, “Não furtarás”, etc., pois, se os transgredirmos, poderemos acabar na prisão. Há aí uma relação de causa e efeito negativa que inibe muita gente. Mas o que acontece com quem transgride o mandamento bíblico do sábado? Absolutamente nada, do ponto de vista humano. Quem guarda o sábado o faz pura e simplesmente porque reconhece que esse é um mandamento divino como os demais nove. Obedece porque está escrito e porque ama quem escreveu, e não porque poderá sofrer consequências, caso desobedeça.

3. Vale a pena desistir de sonhos e oportunidades (como Wasthi fez) por causa de uma religião?

Vale a pena desistir de sonhos quando temos um sonho maior do que todos os outros. Wasthi, os cristãos bíblicos em geral e os adventistas em particular têm um grande sonho: estar prontos para se encontrar com Jesus, quando Ele voltar. Todo e qualquer sonho ou plano para esta vida fica apequenado diante dessa grande esperança. Tudo o mais fica relegado a planos inferiores em perspectiva desse grande evento. Além disso, quando se tem a consciência afinada e sensível, uma das piores coisas é viver com o pensamento de se ter transgredido princípios que servem para nos proteger e que caracterizam nossa fidelidade ao Criador. Wasthi não desistiu de uma oportunidade simplesmente por causa de uma religião. Ela abriu mão daquilo por causa de seu amor a Deus. Muitos cristãos, ontem e hoje, têm tomado decisões semelhantes todos os dias.

4. O que os adventistas ganham com a guarda do sábado? Quais os benefícios disso?

Em Gênesis capítulo 2, vemos que Deus distingue o sétimo dia dos demais dias da semana: Ele descansa nesse dia (dando-nos o exemplo), abençoa-o e o santifica (separa-o). Deus fez isso e ninguém pode revogar esse feito. Portanto, os guardadores do sábado creem que o sétimo dia contém uma bênção que os demais dias não têm. Além de ser o memorial da Criação, conforme nos lembra o mandamento de Êxodo 20:8-11, o sábado é um dia especial de adoração a Deus e de tempo para convivência com a natureza e com a família. Se corretamente guardado (leia Isaías 58:13, 14), o sábado passa ser a solução para relacionamentos deteriorados (com Deus e com o semelhante) e um poderoso “antídoto” para o estresse. Assim, a devida observância do sábado, longe de ser um fardo, como pensam alguns, é uma bênção que confere saúde física, mental e espiritual. No que concerne à comunhão com Deus, há quem diga que, durante a semana, o cristão anda de mãos dadas com Jesus; no sábado, senta-se aos pés dEle para ouvi-Lo despreocupadamente (Salmo 46:10).

5. Em sua opinião, qual deveria ser a atitude de empregadores ao se depararem com homens e mulheres que têm em sua fé o sábado?

Se eu fosse proprietário de uma empresa, por exemplo, e me deparasse com um candidato adventista, levaria em conta a fidelidade dessa pessoa. Se alguém é tão fiel e íntegro a ponto de, por seu Deus, abrir mão de um emprego, de uma promoção, de um concurso, certamente essa pessoa é do tipo confiável, que se dedicará de maneira fiel também à empresa e aos empregadores. O respeito às crenças alheias e à liberdade religiosa igualmente revela nobreza de caráter. Assim, penso que as empresas, as escolas e os legisladores deveriam levar isso em conta e impedir que sejam prejudicados os observadores do sábado, em sua manifestação de fé pacífica e ordeira.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A CRÍTICA MERAMENTE PELA CRÍTICA, SE BASTA...

Meditando hoje sobre aquela espécie de crítica que não edifica, compus a seguinte relfexão:

A CRÍTICA MERAMENTE PELA CRÍTICA, SE BASTA...

Porque não é necessário ser inteligente, basta ser ardiloso.
Porque não é necessário conhecimento, bastam as suposições.
Porque não é necessário ter admiração, basta ter inveja.
Porque não é necessário ser feliz, basta fazer infelizes.
Porque não é necessário ter grandeza, mas apenas ser medíocre.
Porque não é necessário ter caráter, basta sentir ódio do mundo.
Porque não é necessário satisfação, basta ser vazio. 
Porque não demanda atitude, mas mero julgamento.
Porque não precisa ter experiência de vida, apenas pretensão.
 Porque não é necessário ser instrumento de Deus, basta ser arma do inimigo.
Porque não precisa de amor, apenas desprezo por todos (incluindo a si mesmo).

Nota do autor: Não se trata do significado semântico e científico da palavra crítica.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

MORTEM ULTIMATUM



Hoje comecei o dia de um modo desagradável. Dentre os meus compromissos diários estava a participação em um velório na cidade de Araguari, próximo de Uberlândia, onde resido.
À noite, depois de um ultimato recebido do editor do portal iasdemfoco.net, sentei-me para escrever um artigo ou crônica, mas, resolvi escrever algo sobre a morte que nos ajude a pensar na vida:

MORTEM ULTIMATUM

A morte é o inesperado esperado da vida de todos nós. A certeza incerta de nosso futuro.
Sempre inexplicável, mesmo que saibamos o porquê de sua existência.
Sempre precoce, mesmo que vitime um ancião com mais de cem anos.
Sempre cruel, ainda que alivie sofrimentos.
Diante da morte findam-se louvores, prazeres, dores e até amores.
Mesmo nossas inimizades cessam diante dela.
Mas o que a morte não pode aniquilar é a esperança dos que vivem, mesmo que segundos antes destes tornarem-se vítimas deste implacável algoz.
“E, quando isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó morte, a tua vitória?” I Coríntios 15:54-55

segunda-feira, 8 de agosto de 2011


Com alegria, recebi no último dia 04 de aagosto uma homenagem da Câmara Municipal de Uberlândia, indicado pelo Vereador Norberto Nunes que é também o Primeiro-secretário da casa. Nesta ocasião, com a ajuda de alguns amigos pudemos distribuir mais de 400 DVD's "O Grande Conflito".

quarta-feira, 2 de março de 2011

O LOUCO E O LÚCIDO

Naquela manhã eu caminhava a passos largos pela calçada de uma rua no centro da cidade. E tinha pressa! O meio-dia já se aproximava e minha lista de afazeres ainda estava quase inteira.

Ao cruzar com um homem, pude perceber de imediato que se tratava de uma pessoa com perturbações mentais. Ele era franzino, barba descuidada, roupa um tanto quanto suja e carregava uma garrafa pet vazia sob a axila direita. Estava com alguma coisa nas mãos que não me lembro bem o que era, mas, o que me chamou a atenção naquele homem foi o fato de que ele estava sorrindo.

Como não havia mais ninguém por perto e ele não estava me olhando, mas dirigia seu olhar para o chão, percebi que o sorriso era fruto de algo que lhe surgia na mente naquele momento. Seria uma lembrança, um rosto, uma frase? Só Deus sabe...
Num relance pude contrastar nossas diferentes atitudes. Eu, com o rosto sério, imerso em pensamentos e preocupações; ele, esboçando um sorriso de cândida despreocupação e leveza.
Quando me dei conta estava sorrindo também... Meu Deus, algum transeunte terá me julgado também por louco? Será?

Aquele simples acontecimento mudou a trajetória de meus pensamentos. De repente percebi que eu tinha inúmeros motivos para sorrir, mas Deus precisou colocar em meu caminho alguém que aparentemente não tinha motivos para ser feliz e, contudo, parecia sê-lo.

Com certa facilidade pude enumerar quatro motivos para estar sorrindo e quero compartilhá-los com você. São quatro coisas preciosas para se ter e acredito que você tenha mais do que uma delas, bem-aventurado se tem as quatro!:

1. FÉ – Blaise Pascal, teólogo e cientista do século XVII afirmou: “Como é bom poder ter fé. Com a fé, vejo mistérios; sem a fé, vejo absurdos.” Em uma análise simplista, a fé dá sentido à existência (de onde vim, quem sou e para onde vou?). A vida não teria nenhuma graça sem fé. Imagine deitar-se para dormir sem ter a esperança de acordar no dia seguinte? Sem fé o que seria da esperança? O apóstolo Paulo a coloca como resultado de um processo que tem início com a fé (Romanos 5:1-5). Não é a toa que Hebreus 11:6 diz que “sem fé, é impossível agradar a Deus”.

2. LUCIDEZ (mental e espiritual) – Já ouvi dizer que a lucidez é insuportável em um mundo de insanos. Outros acham que a lucidez, como a loucura, pode ser perigosa. A escritora Clarice Lispector escreveu: “que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano, - já me aconteceu antes.” Mas por que não podemos ser felizes sendo lúcidos? Como é bom ser lúcido, como é bom poder saber o que se quer e querer o que se sabe! A sabedoria não consiste em unir loucura e alegria, mas lucidez e felicidade. “Digamos” como o filósofo francês André Comte-Sponville “que a sabedoria aponta para uma direção: a do máximo de felicidade no máximo de lucidez.”

3. CAPACIDADE MOTORA – mínima para cuidar-se sozinho, sem a necessidade de que outras pessoas cuidem de sua higiene, alimentação e locomoção. Digo mínima, porque na realidade existem cinco capacidades motoras: a resistência, a força, a agilidade, a flexibilidade e a velocidade. A dignidade de poder bastar-se não tem preço!

4. AMOR – se você tem para dar e para receber, sinta-se um ser privilegiado. Muitos se gastam e se desgastam por coisas outras como por exemplo: poder, prestígio, fama, dinheiro, móveis, imóveis e automóveis. Provérbios 22:01 afirma categoricamente: “É melhor ser respeitado do que ser rico; é melhor ser amado do que ter uma fortuna em ouro e prata.” A Bíblia Viva.

Como se vê, não é preciso tanta coisa para ser feliz. A maioria das pessoas leva uma vida para entender isso, a não ser que Deus lhe faça cruzar com um louco que sorri... Ou seria um anjo?

terça-feira, 15 de junho de 2010

VUVUZELAS X VOVÓSZELAM

"Abrirei a minha boca numa parábola; falarei enigmas da antiguidade. Os quais temos ouvido e sabido, e nossos pais no-los têm contado. Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os louvores do SENHOR, assim como a sua força e as maravilhas que fez. Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em Israel, a qual deu aos nossos pais para que a fizessem conhecer a seus filhos; Para que a geração vindoura a soubesse, os filhos que nascessem, os quais se levantassem e a contassem a seus filhos; Para que pusessem em Deus a sua esperança, e se não esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos." Salmo 78:2-7.

Enquanto as ensurdecedoras vuvuzelas eram tocadas freneticamente no jogo Japão x Camarões em Bloemfontein na Africa do Sul, no dia 14 de junho de 2010, eu estava extremamente calmo.

Você pode deduzir que eu estava calmo porque não sou nem japonês e nem Camaronense. É verdade. Mas eu estava no hospital Belo Horizonte na capital mineira esperando o momento de ver meu primeiro neto (neto!!?? Meu Deus é verdade!!!) Bernardo que estava para nascer.

Eu ainda não me acostumei com a idéia, confesso. Habituei-me bem rápido a ser chamado de pai ou papai. Também adaptei-me razoavelmente a ser chamado de sogro (ou sogretes como fala minha nora Erika), mas vovô? Está difícil!!! Parece que estou interpretando um personagem de algum filme ou algo do gênero.
Acho que isto se deve à natural tendência humana de rejeitar os símbolos de envelhecimento. Não estou falando de vaidade. Me refiro à constatação de que o tempo é implacável com todos. Nascemos, crescemos, nos educamos, casamos, nos reproduzimos, envelhecemos e nos aproximamos da morte. Esta realidade é cruel para todos: ricos e pobres, feios e bonitos, que têm inteligência ou são resistentes a ela, enfim, todos os seres humanos.

Ao mesmo tempo, tomar nos braços um pequenino já na meia idade é algo especial. É saber que a sua descendência tem continuidade. É assustador imaginar que sua história não continua. Ser pai ou mãe é experimentar o ato criador de Deus através de nós. Mas ser avós é sentir algo maior. É perceber que a criação de Deus continua em sua descendência. E enquanto as vuvuzelas ressoam os vovós zelam do rebento de seus filhos.
Como afirmou Arnaldo Jabor : "Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?… Precisamos tentar… Quem sabe comecemos a caminhar transmitindo essa mensagem… Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!”.